segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

O BANCO

Um dia na Igreja, eu me sentei no banco e ouvi o pregador dizer: “Nós precisamos de alguém para dar aulas. Quem assumirá essa tarefa?”. Eu senti Deus ao meu lado sussurrando: “Filho, essa é para você!”. “Mas Senhor, falar pra tanta gente é uma coisa que eu não sei fazer. O Carlos seria ideal para chamar. Eu prefiro ficar aqui no banco assistindo às aulas”.

Em outro dia, ouvindo o coral, sentado no banco, escutei o regente dizer: “Precisamos de alguém para a voz principal nos cânticos”. Quem quer assumir essa tarefa?” Novamente eu ouvi a voz de Deus sussurrando: “Filho, essa é com você!” “Mas Senhor, cantar diante de uma multidão é uma coisa que eu não posso fazer! Mas há o Jonas que poderá fazer isso. É melhor eu ficar ouvindo aqui sentado no banco.”

Uma outra vez , sentado no banco, ouvi o pregador dizer: “Preciso de alguém para recepcionista na entrada da Igreja. Quem aceita essa tarefa?”. Mais uma vez ouvi a voz de Deus sussurrando: “Filho, é algo que você pode fazer!”. “Senhor, ficar falando com estranhos é coisa que eu não consigo fazer! Mas há o Mário, Senhor. Ele pode dar boas-vindas às pessoas. Não é retraído como eu e fará isso muito bem. Eu prefiro que alguém venha me cumprimentar aqui no banco.”

Os anos se passaram e nunca mais ouvi aquela voz. Até que uma noite fechei os olhos e acordei no céu. Éramos quatro lá: Carlos, Jonas, Mário e eu. Deus nos disse: “Eu preciso só de três de vocês para fazer um trabalho para mim”. “Senhor, eu farei o trabalho”, eu clamei. “Não há nada que eu não faria”. Mas Deus me respondeu: “Obrigado, meu filho, mas sinto muito: no céu não há bancos.”

Servir no Reino de Deus não é um favor que fazemos a Deus. É um favor que Deus nos faz ao nos permitir trabalhar para Ele.

Filipe Ribeiro (Presidente da Mocidade da Igreja Presbiteriana de Taubaté).
Achei excelente para a nossa reflexão - Pastor Josima Munhoz Lisboa

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