sábado, 1 de maio de 2010

O QUE AS PESSOAS ESTÃO VENDO ACONTECER EM NOSSOS LARES?

Tradicionalmente, entre os cristãos o mês de maio é considerado o “mês da família”. E, como tal ele tem sido usado para de uma maneira mais enfática promover uma séria reflexão sobre como deve ser o relacionamento familiar dos discípulos de Jesus. Como deve ser o comportamento da verdadeira família cristã? O que devemos vivenciar em nossos lares?

I– PIEDADE E OBEDIÊNCIA – No versículo um, do Salmo 128 afirma-se que é “bem-aventurado quem teme ao Senhor e anda nos seus caminhos”. O que equivale a reconhecer quem Deus é, colocando nele toda a confiança, e obedecer-lhe em todas as coisas. Infelizmente muitos cristãos ainda não entenderam que o culto, a honra e a devoção devidos a Deus incluem todos os aspectos de nossa vida, e como conseqüência desse entendimento incorreto vivem como se a família fosse um assunto separado de nossa fé. A Bíblia nos revela, além de outras coisas: 1) Deus como o criador de todas as coisas, inclusive do casamento e da família; e 2) Os princípios a serem praticados na vida familiar. É necessário viver aquilo que a Bíblia ensina. Culto doméstico, envolvimento no trabalho da Igreja, prática dos princípios da Palavra de Deus para a vida em família. Um dos grandes problemas que muito vem prejudicando o relacionamento familiar hoje em dia é a falta de comunicação, que pode trazer grandes problemas. A história do jardim e da horta confirma isso de forma cristalina. “O pai e a mãe planejaram plantar uma horta e um jardim respectivamente. Cada um deles tomou as providências para alcançarem o objetivo pretendido, sem, contudo comentarem um com o outro o plano e as ações tomadas. O pai semeia verduras e a mãe flores. Surgem os primeiro brotos. A mãe aguardava flores, vendo surgir verduras as arrancou; o pai que esperava verduras, vendo brotar flores, arrancou-as”. Conclusão da falta de comunicação: NEM JARDIM, NEM HORTA.

II – PAIS QUE EDUQUEM CORRETAMENTE SEUS FILHOS – O apóstolo Paulo ensina que os “pais não devem provocar seus filhos à ira, mas criá-los na disciplina e admoestação do Senhor”, (Efésios 6:4; Colossenses 3:21). O Exercício da autoridade dos pais sobre os filhos deve ser exercida com sabedoria e bom senso. Pois, seu alvo é o bem estar e o desenvolvimento normal da criança. Disciplina é uma coisa básica no lar. Mas, não deve ter regras e regulamentos desnecessários, nem intermináveis correções. A responsabilidade dos pais é muito grande. Eles devem gerar e educar seus filhos. A tarefa da criação dos filhos envolve o desenvolvimento do caráter, treinamento, estabelecimento de limites e a correção. São muito sérias as promessas que os pais fazem a Deus, quando consagram seus filhos através do Batismo infantil: instruir a criança na crença seguida pelo povo de Deus, como vem ensinada na Sagrada Escritura; ensiná-la a ler para que leia por si mesma a Santa Escritura; orar por ela e com ela; servir-lhe de bom exemplo de piedade, e envidar todos os esforços para livrá-la de más companhias e de maus exemplos; ensiná-la a Bíblia; levá-la ao templo regularmente; ensiná-la a adorar ao Senhor com reverência e a estimar como irmãos os demais membros da Igreja. Dale afirmou: “Os pais devem se preocupar mais com a lealdade de seus filhos a Cristo, do que com outra coisa qualquer, seja saúde, vigor e brilho intelectuais, prosperidade material, posição social, ou que eles estejam livres de grandes infortúnios”. Ricardo Duncan observou um jovem pai fazendo Cooper, sem perceber o que estava ocorrendo às suas costas. O filhinho de quatro anos o seguia. Sua postura e passos eram uma perfeita imitação do pai. Ricardo achou aquilo muito engraçado. Ele ainda não era pai, quando observou o ocorrido. Quando seu primeiro filho nasceu ele lembrou-se muito preocupado daquela experiência. O que os filhos vêm eles se tornam. E o pior é que eles não fazem aquilo que os pais dizem, mas o que observam e ouvem.

III – FILHOS QUE OBEDEÇAM E HONREM SEUS PAIS – A Obediência dos filhos em relação aos pais é uma lei natural que Deus colocou nos corações da coroa da sua criação. Gregos, Romanos e moralistas pagãos ensinavam este dever. Filósofos estóicos diziam que a obediência dos filhos em relação aos pais fazia parte natural das coisas. Até filósofos como Confúcio enfatizavam este dever. Todas as civilizações sempre consideraram o reconhecimento da obediência dos filhos em relação aos pais, como condição para a existência de uma sociedade estável. “Filhos obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra teu pai e a tua mãe que é o primeiro mandamento com promessa, para que tudo te vá bem e tenhas longa vida sobre a terra”, é o que Paulo ensina em Efésios 6:1,2. À primeira vista a palavra “honra” nos dá a idéia de homenagem, consideração e respeito. Para honrar os pais não precisamos presenteá-los, nem estar próximo deles. Alguém afirmou: “uma criança nada deveria fazer que desonrasse o nome de seus pais, mas tão somente aquilo de que seus pais possam sentir–se orgulhosos, e através do que o nome deles é exaltado perante outros”. (Deuteronômio: 21:18-21; Provérbios 30:17).
Que possamos aproveitar este mês para refletir sobre como deve ser a família dos discípulos de Jesus, e que essa reflexão nos leve a uma mudança de comportamento, adequando nosso relacionamento familiar aos princípios da Palavra de Deus. Que Deus nos perdoe, nos ajude e nos abençoe. Rv Josimar Munhoz Lisboa (Pastor da Igreja Presbiteriana da Lagoinha, em Ubatuba).